A busca por uma identidade nacional, assim fugindo dos modelos colonizador, de um "Brasil- Colonia", propôs com que os "lusos-brasileiros" buscassem beber de outras fontes, assim trazendo outros estilos literários e artístico para o país, muitos dos filhos de pessoas abastadas iam estudarem em outros países, e voltavam com ideias "revolucionárias".
Do nacionalismo ao indianismo e regionalismo, muitos dos modelos para cada um destes estilos na criação literária veio das "Europas", assim como o Bucolismo, o Mal do Século... Muitos intelectuais a partir do estilo de uma determinada obra de arte, escrita - criavam o seu próprio estilo literário, ambos bebiam de livros de outros países, liam os clássicos da literatura internacional, e pouco se lia os clássicos da literatura nacional (até nos dias atuais).
O mesmo se aplicou no modernismo, na Semana de Arte Moderna de 22, que aconteceu em São Paulo, com os "ismos", futurismo, expressionismo, dadaísmo, surrealismo, cubismo... Onde os modernistas eram tidos como parnasianos.
A busca pela identidade Nacional fez com que diversos intelectuais bebessem de várias fontes, para por sua vez poder dizer-se "brasileiro" (em sua criação literária), e é o que tornou o Brasil um país rico em cultura, pelo o que Portugal (mesmo pelo o que tem explorado), assim como Espanha, Holanda, África, França, Rússia e muitos outros países deixaram e o que de lá trouxeram para o nosso país.
O mesmo aconteceu com o "folclore brasileiro", que por sua vez também não deixou de seguir os modelos artísticos e culturais de outros países, coisa que deveriam passarem nas escolas, e não apenas associar o Brasil a Portugal e África, como um único modelo de estudo por sua vez "didático".
Estudos como este são mais que necessário para as escolas, para a formação do intelecto de cada um, saber a história do país, e o que se encontra inserido nela, até porque somos um país aculturado, e temos de por nossa vez valorizar todas as culturas que passaram a compor e a fazer parte do nosso país, e quaisquer cultura e arte que vim de fora temos de abraçar, porque é isso que fortalece a nossa identidade nacional.
Tendo como raíz o Gregório de Matos muitos o acusaram de plagiador, pelo fato de que muitas das suas obras eram criadas a partir de outras obras, assim como também tem sido compilado por Varnhagen, muitas das escritas não foram reunidas por manuscritos e sim oralmente (através daqueles que momorizavam as poesias do Gregório).
E o mesmo foi com o Manoel Botelho e o Sebastião da Rocha Pita, todos beberam de outras obras literárias e seguiram um determinado estilo literário, e em nossa atualidade, assim como no modernismo, muitos dos intelectuais citam o Borges, como referências literárias, em nossa "literatura brasileira". Até o Machado de Assis, por vez dele bebeu de diversas obras de outros países para também a partir dessas obras possa criar o seu próprio estilo literário... De tão bom que foi o Machado, que conseguiu se sobressair como romancista e não como poeta, na nossa "literatura brasileira".
Logo temos de ter a palavra "brasileira" não apenas como uma literatura do povo que nasceu no Brasil, e sim como uma "diversidade cultural e artística", que formou o povo brasileiro, e por nossa vez temos como origem o povo indígena, não falamos Tupi, bem que poderíamos, mas a nossa língua tem um pouco de cada, "latim", "grego", "africano", "português de portugal", e até a "inglesa" (que vem tomando conta do nosso país).
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Valter Bitencourt Júnior, poeta e escritor brasileiro. |