Valter Bitencourt Júnior (Salvador/BA, 25 de junho de 1994), poeta e escritor brasileiro.
domingo, 31 de dezembro de 2017
Feliz Ano Novo
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
Organizarei a primeira antologia em 2018
Valdeck Almeida de Jesus |
Valter Bitencourt Júnior |
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
Uma Triste Notícia: Faleceu Germano Machado
Lembro quando o vi pela primeira vez, no Projeto Fala Escritor, ao som de Iara Castro, o Germano Machado foi entrevistado neste dia, e por vez dele disse que queria sim fazer parte da Academia de Letras da Bahia, depois o vi no lançamento do livro Cartas ao Presidente, foi assim que fui aos poucos formando amizade com o Germano Machado, ele ali mostrou o quanto era um grande pensador, apontou a mão na cabeça e disse: "o problema se encontra aqui", uma frase que não consegui entender até hoje.
Tenho ido no lançamento do livro Os Dois Brasis, e assim pude ver um grande escritor, e adquiri alguns livros dele (Meu Amigo Glauber, A Longo Prazo...). Recebi o convite do Germano Machado para ir ao CEPA, diversas vezes, e tenho marcado presença em alguns dos eventos, neste ano ele me pediu para ir ao CEPA, tanto por e-mail, quanto pelo Messenger, e eu por minha vez não pude ir, o Germano queria que eu redigisse os arquivos do CEPA...
O que eu tenho a dizer que o Germano Machado permanecera vivo, no coração do povo baiano, assim como o CEPA, tem de permanecer vivo, em sua memória.
Germano Machado e Valter Bitencourt Júnior. Germano Machado autografando o livro Os Dois Brasis, no livro bem no finalzinho escreveu: começo de "algo", Germano Machado, 30/05/2014. |
terça-feira, 26 de dezembro de 2017
O silêncio
Por entre a escuridão,
O cérebro este labirinto
Via palavras, como se
Fossem escaneado,
Do presente ao pretérito.
O café em adrenalina
Corria pelo corpo,
Olhos vidrados,
Em pânico. Fantasma
Da vida, podem vim
Em formas de lembranças.
Um terremoto,
Visões, a busca do entendimento
Do eu e do não eu.
Retratos cortados,
Espelhos quebrado.
Fumaças em forma de neblina,
O conhaque não era
Mais o mesmo.
A caneta falhava,
As palavras não mais
Era o consolo.
Noites perdidas,
E uma poesia que
Não quer sair.
O poeta sofria a escrita,
Sofria a vida, a miséria,
A desgraça humana,
A guerra. Tudo foi
Bombardeado,
O software não mais
Armazenava os arquivos,
E muito menos processava.
A poesia queria esconder
A dor, as palavras
Se camuflam para se tornar
Em poesia. Não
Mais se tinha regra,
Métricas foram ultrapassada,
Apareceram carros,
Postes, prédios,
Pistas, e lembranças impagáveis.
Quero um sorvete,
Neste dia de pouco sol,
Para refrescar a memória
Ou suicidar-me no gelo.
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
Feliz natal
Hipocrisia
Preocupei-me com o país,
E o país me deixou traumatizado,
- A pátria nem sempre é o berço
Daqueles que nele nasceu.
Preocupei-me com o meu pais,
Queria mudar o mundo sozinho,
Da ansiedade o desespero,
Do desespero a descrença,
E o país parece continuar o mesmo,
Preocupei-me com o mundo,
Me tornei um louco,
E o mundo pouco sabe quem sou,
O que quero ser na vida,
- E o que serei? Crise, desemprego,
Trabalho informal, escravidão e ditadura
Camuflada, falácias política,
Fofoca social, desgraça alhiea...
Mundo em choque,
Eu em choque.
Preocupei-me com o universo,
E tudo que se encontrava nele,
Precisei apenas se preocupar
Comigo mesmo,
Não me preocupei.
Minha fé?
Beber da fonte? Bebo das fontes!
E assim vivo a vida, como ela deve ser,
Crer, descrer e crer novamente,
Direito meu seu e de todos.
E as espécies por sua vez carrega
Dentro de si as suas crenças.
Do altíssimo - conforto
Do senhor - Sabedoria
Do pai - ensinamento
Assim somos seres viventes,
E cada um com suas teorias...
A igreja maior é o universo,
Para quem quer paz
Precisa aprender a amar,
Quem ama, pode ser amado ou desamado?
Mundo contraditório,
Seres de ditados: " não se pode agradar
A todos".
"Amai-vos..." minha fé continua viva
Minha - Utopia
Minha - Esperança
Minha - Perseverança
A sede de lutar sempre é maior.
E Deus, ser maior que o homem,
E o homem querendo ser maior que Deus,
O homem apenas uma partícula do
Universo,
Deus o corpo do universo inteiro,
Sofre a ação humana.
domingo, 24 de dezembro de 2017
Feliz Natal
Por entre o ego e a vaidade a hipocrisia.
O amor a cada dia é assassinado, não
Mais se sabe o que é amor!?
E a vida custa muito caro, e a gente
Sempre se mostra não ter valor.
E o Natal nem sempre é de alegria,
O mundo em guerra, seres pedindo paz,
Gente passando fome,
E o Papei Noel não desce pela chaminé
Para entregar presentes
Para o rico e muito
Menos para o pobre,
Mesmo assim tudo tem suas diferenças.
Bombardeios, tiroteios, carnificina humana,
Desgraça alheia, miséria,
Descaso social - O mundo perdido,
E pouco se importa,
Os seres se mordem,
Matar parece que se tornou "humano",
E sempre há um dia especial,
Dejejo de Feliz Natal,
Nem sempre é dado com amor,
De coração - a falsidade
Muitas das vezes se encontra no olhar.
E se pudessemos nascer novamente
Viver a vida e amar a vida,
Viver a vida, e respeitar a vida,
Viver a vida, saber os limites - e ter consciência,
Viver a vida, e viver um pouco de tudo
Consigo mesmo e com todos.
Matar o preconceito dentro de si,
Matar tudo aquilo que é capaz de matar
Os outros e a si mesmo,
Ter misericórdia, compaixão,
Sentir o que o outro sente,
Amenizar as dores, perdoar,
Amar, brincar, abraçar...
E o Natal não é mais o mesmo,
O natal é o dia que morre e renasce,
As espécies deveriam amar
Uns aos outros eternamente.
E toda a fé somente é digna
Se nela existir amar,
Caso contrário toda sua fé
Pode se tornar uma doença.
Minha sociedade está doente
Na fé, muito se deixaram levar
Pelas palavras, cegaram os olhos,
Se acomodaram...
E dizendo ter fé, não deixam de lado
A vaidade, o ego, a falácia.
As igrejas das espécies
Deve ser o universo,
E não palácios,
Construído pelo suor dos
Que nada tem,
Para o sustento dos usurpadores
De ideia, senhores
Do sistema, comprados pelo Estado.
E Cristo foi um ser simples,
A espécie humana - tola
Sempre quer ser mais
- Falta humildade na gente!
- Falta simplicidade na gente!
- Falta amor entre a gente!
Não sei mais o que pode vim
Lá na frente, a juventude perdida
Formando uma nova política,
Ou a juventude rica e podre dominando
A juventude perdida (tudo tem a sua diferença),
A gente tem que limpar a sujeira deles,
A gente tem de ser analfabeto,
A gente tem de viver no desequilíbrio,
É o que o sistema pedi,
A gente é escravo do sistema,
Nossa opção? A rebeldia em nosso olhar,
E o medo também...
A tristeza, e a falsa felicidade nos bares
E bordéis da vida.
E o fim do mundo?
O fim provocado
Pela própria espécie!
E o fim do mundo?
Quem liga? As pessoas
Matam e se matam!
E o fim do mundo?
Que mundo vivemos?
(Lágrimas presas por dentro)
(Sufocado).
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
S.O.S
O encanto daqueles que a ver
Na beleza da cidade, se esconde a pobreza,
A fome, o descaso e a pobreza (outra vez).
E pintam a cidade de azul, de cores calmas,
Para dar náusea nos olhos daqueles
Que enxergam a realidade, que se passa
Por entre os olhos.
A cidade por entre suas luzes, e toda a escuridão, e um tiro,
E gritos que não se calam,
Mães desesperada.
A cidade não cheira e nem fede,
Engana qualquer um,
Sem que ao menos perceba.
Pessoas embriadas, pessoas drogadas,
Pessoas que roubam,
Pessoas que matam,
Pessoas precisando de colo,
Pessoas precisando de carinho,
Pessoas precisando de amor...
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
A gente sempre quer mais
Sem ao menos medir o meu tamanho,
Pensei ser maior que tudo e a todos,
E assim perdi os elos - olhar escuro.
Por entre o ego e a vaidade, subi
Ladeiras em dois e dois degrau
Quero ir aos céus em elevador,
A escada cansa - meu mundo avançado.
Quero telefonar pra Deus e despedi-lo
Dizer que agora tomarei posse dos céus
E do paraíso, e tudo isso foi loucura
Acordei de um sonho e entrei no outro.
Pequei em pensamento, Deus me perdoe,
Dei um tiro no cara da esquina,
E tomei seu lugar, a juventude já está perdida
Muito dinheiro vou ganhar.
Eu perverso, dizia ser anjo,
Quem era Lucifer? A não ser um anjo!
E a minha beleza a confundir
Os olhos de quem ver se engana.
Hoje acordei me sentindo eu,
Não queroser o dono do universo,
E muito menos tomar o lugar de Deus,
Jamais mataria uma mosca.
Eu e a natureza, vendo as minhas ações
E as ações dos demais, somos tão mesquinhos,
Destruímos a natureza que vivemos,
Homens querendo ser dono do mundo.
E eu prefiro um café pela manhã,
E quem sabe pelo final da tarde,
E pela noite - quero ver o mundo
Por outro olhar - um universo melhor.
Acender um cigarro, tomar um conhaque,
E ver meu Deus, que dia louco,
Que dia louco - a gente sempre quer mais,
E um pouco mais.
domingo, 17 de dezembro de 2017
O amor germinou
O amor germinou por todos os cantos
A exalar aroma de pétalas de rosa,
Por entre as rosas a amada amacia
A pele, e perfuma-se feito uma deusa.
E toda mulher tem de ser respeitada
E amada, assim como uma rainha
Quem sabe ser um servo, ou mais
Que servo. E o amor fala, e o homem
Por sua vez se encanta, diante
Aos cabelos da amada, e o seu olhar,
Muito mais que poesia de amor,
Vai além dos olhares humano.
O poder da sedução é maior,
E o pecado também, quem sabe pecado
Não exista, senão o querer humano.
O direito de amar, de querer, de ter, de ficar,
De se doar a quem quiser e bem querer.
E a amada leva o ser ao delírio,
O delírio daqueles que apreciam quem
Sabe um uísque, ou a fumaça de um
Cigarro voando e camuflando
O que pode vir...
O amor, o amor tem suas variantes,
Tem seu significado, ou quem sabe significados...
O amor cantada por milhares de poetas,
E por aqueles que também não é...
O amor de um para com o outro - respeito,
Um amor entre dois - mais que respeito?
Cada um ama da sua maneira de amar,
Cada amor em um coração, cada amor
Em sua ação, pedido de paz,
Pedido de união, misericórdia.
E a amada cria uma guerra por
Dentro da espécie, humana!
Mais que humana!
Publicações
Raramente venho a fazer novas publicações neste blog, acredito que tenho de resgatar muita coisa, pois muito se foi excluído quando excluir o blog anterior, blog este em que recebia muitos acessos.
Acredito que todos aqueles que escrevem tem disso, principalmente quando não tem patrocinadores para poder desenvolver os projetos literários. A gente muitas das vezes perde a esperaça de dar continuidade com a escrita.
Escrever de fato é um exercício árduo, ter o dom da escrita e estudar as palavras, tornar-se um leitor, e assim aprender a brincar com a escrita. Este é o meu trabalho e o trabalho de muitos amigos.
Para muitos a escrita não tem valor, assim como o escritor pouco tem importância na sociedade em que vive.
Essa desvalorização persiste em nossa atualidade, e cresce cada vez mais. Pois bem tenho de continuar publicando minhas poesias, meus textos e buscando interagir com todos, acreditar que tudo pode mudar, e melhorar ao longo do tempo.
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
Fanpage: Valter Bitencourt Júnior
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